Início Myralis Class Artigos inteligência artificial no marketing médico: como a tecnologia está transformando a comunicação e o atendimento

Inteligência artificial no marketing médico: como a tecnologia está transformando a comunicação e o atendimento

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser tema abstrato de tecnologia para se tornar parte concreta da rotina em saúde: sistemas que analisam exames, ferramentas que ajudam a registrar prontuários, plataformas que automatizam comunicações com pacientes e até assistentes virtuais disponíveis 24 horas por dia. Relatórios de consultorias como a McKinsey mostram que soluções de IA já estão sendo usadas, em diferentes países, para personalizar a experiência em saúde e tornar o relacionamento com pacientes mais fluido e eficiente.

 

Ao mesmo tempo, organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para riscos importantes, como vieses algorítmicos, falta de transparência e vulnerabilidade de dados sensíveis, recomendando governança robusta e supervisão humana permanente no uso de IA em saúde.

 

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) criou um departamento específico para discutir o tema e está elaborando uma resolução para regulamentar o uso da IA na medicina, com ênfase em segurança, transparência e preservação da relação médico-paciente.

 

Diante desse cenário, a pergunta para médicos e gestores de clínicas não é mais se a IA fará parte do dia a dia, mas como utilizá-la de forma ética e estratégica, especialmente na comunicação, no marketing médico e no atendimento.

 

Este artigo se propõe a:

 

  • Explicar, em linguagem prática, o que é IA aplicada à saúde e ao marketing médico;
  • Mostrar onde ela já aparece na jornada do paciente e na gestão do consultório;
  • Discutir riscos éticos, LGPD e diretrizes do CFM;
  • Apresentar um passo a passo para usar IA no marketing e no atendimento de maneira responsável e alinhada à realidade brasileira.

O que é inteligência artificial na prática da saúde e do marketing

De forma simplificada, podemos entender a inteligência artificial como sistemas computacionais capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, aprendendo padrões a partir de dados para gerar previsões, recomendações ou conteúdos (Russell & Norvig, 2021; World Health Organization, 2024). Na saúde, isso inclui desde algoritmos para interpretação de imagens e apoio à decisão clínica até modelos generativos de texto usados na elaboração de relatórios e materiais educativos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em suas diretrizes sobre ética e governança da IA em saúde, destaca que essas tecnologias podem apoiar diagnóstico, pesquisa, vigilância e gestão, mas devem ser usadas com transparência, supervisão humana, avaliação sistemática de riscos e proteção reforçada de dados de saúde.

No campo do marketing, Philip Kotler e coautores, em Marketing 4.0 e Marketing 5.0, defendem que a tecnologia, incluindo IA, automação e análise de dados, deve ser usada para aproximar marcas de pessoas e gerar valor real, mantendo o foco em necessidades humanas e no bem-estar da sociedade.

Adaptando esses conceitos à medicina, podemos resumir:

  • IA não é um fim em si, mas uma ferramenta para apoiar comunicação, gestão e cuidado;
  • O uso responsável exige supervisão médica e respeito às normas do CFM;
  • No marketing médico, a IA deve fortalecer a educação em saúde e a experiência do paciente, não substituir o médico nem transformar a relação em interação meramente automatizada.

Onde a IA já aparece na jornada do paciente

Diversos estudos mostram que a IA vem sendo aplicada ao longo de toda a jornada em saúde, da descoberta do serviço ao acompanhamento de longo prazo.

1. Antes da consulta: descoberta, dúvidas e agendamento

Na etapa de pré-consulta, a IA pode atuar em:

  • Assistentes virtuais e chatbots
    • Respondem dúvidas administrativas recorrentes: localização, convênios, formas de pagamento, horário de funcionamento, orientações gerais de preparo para exames.
    • Quando bem configurados, reduzem o volume de ligações telefônicas e melhoram o tempo de resposta ao paciente.

  • Agendamento inteligente
    • Sistemas que sugerem horários disponíveis, enviam lembretes automáticos e facilitam o reagendamento.
    • Ao reduzir faltas e otimizar a agenda, contribuem para a sustentabilidade financeira da clínica.

  • Curadoria de conteúdo educativo
    • Ferramentas que ajudam a organizar temas de blog, e-mails e posts com base nas dúvidas mais comuns dos pacientes, sem substituir a revisão técnica do médico.

2. Durante o atendimento: menos burocracia, mais foco no paciente

Grandes centros acadêmicos e hospitais vêm relatando o uso de IA para reduzir a carga administrativa e melhorar a qualidade do cuidado. Relatórios sobre burnout médico, como o Physician Burnout & Depression Report 2024 (Medscape, 2024), reforçam que excesso de tarefas burocráticas e pouco tempo para o paciente estão entre os fatores que mais impactam a satisfação profissional; e é justamente aí que a IA pode ajudar, se bem utilizada.

Exemplos práticos:

  • IA como “escriba” clínica
    • Sistemas que transcrevem a conversa da consulta e ajudam a estruturar o prontuário, permitindo que o médico mantenha mais contato visual e escuta ativa.
  • Ferramentas de triagem estruturada
    • Questionários inteligentes que organizam queixas e sintomas antes do atendimento, sem substituir a anamnese, mas ajudando a otimizar o tempo de consulta.

O objetivo central, aqui, é devolver tempo ao médico, algo que estudos recentes apontam como fator relevante para mitigar burnout e melhorar a experiência de cuidado.

3. Depois da consulta: acompanhamento e relacionamento contínuo

Após o atendimento, a IA pode apoiar:

  • Lembretes automatizados de retorno, exames e orientações gerais (por exemplo, “levar lista de medicamentos”, “jejum de 8 horas”, sempre validados pelo médico).
  • Segmentação da comunicação para grupos específicos de pacientes (gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas), com envio de conteúdos educativos adequados ao perfil.

Em todos esses casos, estamos falando de IA como suporte à experiência do paciente e à organização do consultório, não como substituta da consulta nem como mecanismo de tomada de decisão clínica autônoma.

IA no marketing médico: aplicações mais relevantes

A literatura de marketing digital aponta a IA como eixo central da personalização e da automação em escala. No contexto médico, podemos dividir as principais aplicações em quatro frentes.

1. Apoio à produção de conteúdo educativo

Ferramentas generativas podem:

  • Sugerir pautas a partir de temas e perfis de público;
  • Organizar esboços de textos para blog, roteiros de vídeos ou e-mails educativos;
  • Ajudar a adaptar a linguagem técnica para um formato mais acessível ao público leigo.

Nos conceitos de Marketing 4.0 e Marketing 5.0, Kotler e coautores reforçam que o conteúdo é base de relacionamento em ambientes digitais e que a tecnologia deve ampliar (não substituir) o impacto humano. Na prática, isso significa que a IA:

  • Pode acelerar o trabalho operacional, como rascunhar um texto;
  • Não pode substituir a revisão crítica do médico, que responde técnica e eticamente pelo conteúdo;
  • Precisa ser usada dentro das regras de publicidade médica (sem promessas de resultado, sem sensacionalismo, sem exposição de pacientes).

2. Segmentação de público e relacionamento com pacientes

Com apoio de IA e automação, é possível:

  • Segmentar a base de pacientes por faixa etária, tipo de acompanhamento ou condição crônica;
  • Programar envios educativos específicos (por exemplo, cuidados com pés em diabetes, orientações pré-natal, saúde óssea na menopausa);
  • Identificar padrões de faltas e cancelamentos, ajustando lembretes e fluxos de comunicação.

Tudo isso deve respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que considera dados de saúde como dados pessoais sensíveis, exigindo base legal adequada, finalidade clara e medidas reforçadas de segurança.

3. Assistentes virtuais e canais de contato

No marketing médico, canais como WhatsApp, site e redes sociais são portas de entrada constantes para dúvidas e solicitações. Assistentes virtuais baseados em IA podem:

  • Responder perguntas administrativas 24h por dia;
  • Orientar sobre preparo para exames com textos previamente validados;
  • Encaminhar casos específicos para atendimento humano (secretária ou equipe).

Estudos sobre experiência do paciente indicam que, quando esses sistemas são bem implementados, é possível reduzir tempo de espera e aumentar a satisfação, desde que o paciente saiba claramente quando está lidando com um sistema automatizado e quando está interagindo com uma pessoa.

4. Análise de dados de marketing e gestão

Ferramentas de IA também podem apoiar a gestão ao:

  • Gerar relatórios mais claros sobre acesso ao site, desempenho de campanhas e engajamento em conteúdos;
  • Identificar quais temas geram mais interesse e podem ser aprofundados em estratégias educativas;
  • Apoiar previsões de demanda para determinados serviços (por exemplo, aumento sazonal de busca por temas respiratórios).

Para médicos e gestores, isso significa tomar decisões menos intuitivas e mais baseadas em dados, sem perder de vista o contexto humano de cada consultório.

Riscos, ética e LGPD: o que precisa estar no radar

1. Dados sensíveis e proteção de informações

A LGPD define dados de saúde como dados pessoais sensíveis, que exigem nível máximo de proteção, justamente por poderem gerar discriminação e danos em caso de vazamento.

Consequências práticas para o uso de IA no marketing e no atendimento:

  • Não inserir dados identificáveis de pacientes (nome, CPF, exames, histórico clínico) em ferramentas abertas de IA que não apresentem políticas claras de privacidade, armazenamento e não uso para treinamento;
  • Limitar o uso de IA genérica a conteúdos não identificáveis, como dúvidas comuns, temas de blog, orientações gerais;
  • Priorizar soluções de IA integradas a sistemas de prontuário e gestão que sejam contratualmente aderentes à LGPD e ofereçam camadas adequadas de segurança.

2. Publicidade médica e responsabilidade do médico

A Resolução CFM nº 2.336/2023, que regulamenta a publicidade médica, continua valendo integralmente, independentemente da tecnologia utilizada.

Isso significa que textos, imagens e vídeos produzidos com apoio de IA:

  • Não podem prometer resultado garantido, cura certa ou expressões equivalentes;
  • Não podem explorar medo, sofrimento ou vulnerabilidade de forma sensacionalista;
  • Devem preservar sigilo e anonimato de pacientes;
  • Devem apresentar o profissional com identificação adequada (nome, CRM, RQE quando aplicável).

Mesmo quando a IA gera parte do conteúdo, a responsabilidade profissional e ética é sempre do médico ou da clínica que o publica.

3. Vieses, erros e necessidade de supervisão humana

Revisões recentes sobre IA em saúde destacam que modelos de IA podem reproduzir vieses dos dados que os alimentam e gerar respostas incorretas com aparência de segurança.

Por isso:

  • A IA deve ser tratada como apoio, nunca como fonte única;
  • Informações clínicas produzidas com apoio de IA precisam ser confrontadas com diretrizes, consensos e literatura científica;
  • Dúvidas e áreas sensíveis devem ser revisadas por médicos com experiência no tema antes da publicação.

4. Posição do CFM e tendências regulatórias

O CFM vem reforçando publicamente que a IA não substituirá o médico, mas que o profissional que ignorar essas ferramentas poderá ficar para trás, desde que o uso seja ético e transparente.

Ao mesmo tempo, está em elaboração uma resolução específica para IA na medicina, que deve classificar usos por nível de risco (alto, médio e baixo) e estabelecer responsabilidades na utilização da tecnologia em diferentes contextos.

Para o marketing médico, isso reforça a necessidade de:

  • Transparência com pacientes sobre o uso de sistemas automatizados;
  • Supervisão humana constante;
  • Alinhamento com as diretrizes de publicidade e de proteção de dados.

Passo a passo: como usar IA no marketing e no atendimento de forma segura

1. Comece por aplicações de baixo risco

Priorize usos que não envolvam dados sensíveis de pacientes, como:

  • Rascunho de textos educativos (sempre com revisão clínica);
  • Organização de pautas e cronogramas de conteúdo;
  • Criação de fluxos de mensagens administrativas (lembrar de horário, documentos, endereço).

Evite, nesse primeiro momento:

  • Usar IA genérica para interpretar exames reais ou históricos clínicos identificáveis;
  • Responder dúvidas clínicas individualizadas de pacientes em canais públicos com base em IA.

2. Mapeie problemas reais da rotina

Antes de contratar qualquer solução, responda:

  • Onde a equipe perde mais tempo em tarefas repetitivas de comunicação?
  • Quais dúvidas se repetem diariamente na recepção?
  • Quais etapas da jornada do paciente geram mais ruído (por exemplo, preparo inadequado para exames, esquecimentos de documentos)?

A IA será mais útil quando resolver problemas concretos da rotina, e não apenas porque é uma “novidade tecnológica”.

3. Escolha ferramentas com critérios claros

Na seleção de plataformas de IA para marketing e atendimento, considere:

  • Local de armazenamento dos dados e políticas de privacidade;
  • Se a solução oferece cláusulas de não uso dos dados para fins indevidos;
  • Aderência à LGPD e mecanismos de segurança implementados;
  • Possibilidade de acesso a registros de auditoria (quem acessou o quê, quando).

4. Crie política interna de uso de IA

Defina, por escrito, regras a serem seguidas pela equipe:

  • Quais informações nunca devem ser inseridas em ferramentas de IA (ex.: nome de paciente, número de documento, exame identificável);
  • Quais tipos de conteúdo podem ser produzidos com apoio de IA (ex.: textos educativos genéricos, rascunhos de posts, e-mails de lembrete);
  • Obrigatoriedade de revisão clínica e ética antes de qualquer publicação;
  • Critérios para descartar conteúdos que violem o Código de Ética ou a Resolução CFM nº 2.336/2023.

5. Revisar sempre: clínica, linguagem e ética

Ao usar IA no marketing médico, adote três filtros de revisão:

  1. Filtro técnico
  • As informações estão alinhadas com diretrizes e consensos atuais?

  1. Filtro de linguagem
  • O texto está adequado ao letramento em saúde do público?
  • Evita termos alarmistas ou promessas de resultado?

  1. Filtro ético/regulatório
  • O conteúdo respeita as normas de publicidade do CFM?
  • Preserva sigilo, dignidade e autonomia dos pacientes?

6. Treine a equipe e comunique com transparência

  • Explique à equipe o que é IA, o que ela faz e o que ela não deve fazer no contexto da clínica.
  • Oriente sobre os limites da ferramenta, por exemplo, jamais responder a uma queixa clínica individual com um texto gerado automaticamente.
  • Se a clínica utiliza assistentes virtuais, informe ao paciente que parte do atendimento inicial é automatizado e esclareça em que momento ele será atendido por uma pessoa.

7. Acompanhe resultados e ajuste o uso da IA

Monitore indicadores como:

  • Tempo médio de resposta nos canais digitais;
  • Índice de faltas e cancelamentos após implementação de lembretes automatizados;
  • Volume de ligações telefônicas antes e depois da adoção de assistentes virtuais;
  • Percepção de pacientes sobre clareza e agilidade da comunicação (pesquisas simples de satisfação).

A partir desses dados, ajuste rotinas, refine mensagens e, se necessário, reduza ou expanda o uso da IA em determinadas frentes.

Checklist rápido para médicos e gestores

Antes de adotar ou ampliar o uso da IA no marketing e no atendimento, vale conferir:

  • O objetivo da IA está claro (educação, organização, atendimento administrativo)?
  • O uso proposto não substitui consulta, diagnóstico ou prescrição?
  • Existe política interna sobre quais dados podem ou não ser inseridos em sistemas de IA?
  • As soluções escolhidas apresentam informações claras sobre LGPD e segurança?
  • Todo conteúdo gerado com apoio de IA passa por revisão clínica e ética?
  • A comunicação respeita a Resolução CFM nº 2.336/2023 e o Manual de Publicidade Médica?
  • Pacientes e equipe sabem, de forma transparente, como a IA é utilizada?

Quanto mais respostas afirmativas, maior a chance de a IA funcionar como aliada da qualidade e da ética, e não como fonte adicional de risco.

Tecnologia a serviço da relação médico-paciente

Estudos recentes indicam que a IA tem potencial para melhorar eficiência, reduzir tarefas burocráticas e apoiar decisões em saúde, mas também evidenciam riscos de ampliação de desigualdades, vieses e violação de privacidade se usada sem governança adequada.

Na perspectiva do marketing médico, o caminho mais consistente é enxergar a IA como:

  • Uma forma de organizar melhor a comunicação, tornando orientações mais claras e acessíveis;
  • Um apoio para planejar conteúdos educativos, sem abrir mão da responsabilidade técnica do médico;
  • Um recurso para melhorar a experiência do paciente ao longo da jornada, sem desumanizar o contato.

Kotler, ao discutir o Marketing 5.0, lembra que a tecnologia precisa estar a serviço da humanidade. No consultório, isso significa colocar a inteligência artificial a serviço da inteligência clínica e relacional: menos tempo em tarefas repetitivas, mais tempo para ouvir, examinar, explicar e acompanhar pacientes.

Para médicos e gestores, o desafio não é dominar cada detalhe técnico da IA, mas construir um ambiente em que tecnologia, ética e cuidado caminhem juntos.

Quando bem integrada à estratégia de comunicação e atendimento, a IA pode deixar de ser apenas uma “tendência de mercado” e se tornar um instrumento concreto para fortalecer a relação médico-paciente, qualificar o marketing médico e sustentar um modelo de prática mais humano, eficiente e seguro.

Referências bibliográficas

  • Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD). Brasília: Presidência da República; 2018.
  • Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).2 – O que são dados pessoais sensíveis? Brasília: ANPD; 2024.
  • Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 2.217/2018, alterada pela Resolução CFM nº 2.222/2018). Brasília: CFM; 2019.
  • Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.314/2022 – Define e regulamenta a Telemedicina como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação. Brasília: CFM; 2022.
  • Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.336/2023 – Estabelece os critérios norteadores da publicidade e propaganda médicas. Brasília: CFM; 2023.
  • Conselho Federal de Medicina. Manual de Publicidade Médica. Brasília: CFM; 2023–2024.
  • Conselho Federal de Medicina. CFM avança na elaboração de resolução sobre uso da inteligência artificial na medicina. Brasília: CFM; 2025.
  • Conselho Federal de Medicina. IA não vai substituir médico, mas quem não usá-la vai ficar para trás, avaliam debatedores. Brasília: CFM; 2025.
  • Harvard Business Review Analytic Services. AI in the Health Care Industry: Driving Efficiency and Better Patient Experiences. Boston: HBR; 2024.
  • Harvard University. How AI Is Transforming Medicine and Healthcare. Harvard Gazette; 2025.
  • Kotler P, Kartajaya H, Setiawan I. Marketing 4.0: Do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante; 2017.
  • Kotler P, Kartajaya H, Setiawan I. Marketing 5.0: Technology for Humanity. Hoboken: Wiley; 2021.
  • Physician Burnout & Depression Report 2024. New York: WebMD; 2024.
  • McKinsey & Company. Harnessing AI to Reshape Consumer Experiences in Healthcare.
  • McKinsey & Company. Generative AI in Healthcare: Current Trends and Future Outlook.
  • Russell S, Norvig P. Artificial Intelligence: A Modern Approach. 4th ed. Upper Saddle River: Pearson; 2021.
  • World Health Organization. Ethics and Governance of Artificial Intelligence for Health: WHO Guidance. Geneva: WHO; 2021.
  • World Health Organization. Ethics and Governance of Artificial Intelligence for Health: Guidance on Large Multi-Modal Models. Geneva: WHO; 2024.

 

marketing médico